[esquemaNovo]

Versão virtual da coluna [esquemaNovo] sobre música pop, produzida por Thiago Pereira e Terence Machado e publicada, todas às quintas no jornal "Hoje em Dia".

Nome:
Local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil

Pai, católico não praticante, taurino (por teimosia, hehehe), cruzeirense não ortodoxo, ainda jornalista, ex-baterista com recaídas frequentes, ciclista "pós-amador".

quinta-feira, maio 19

[Prêmio Claro: “E a grande vencedora é: a música independente brasileira!”]



Em primeiro lugar, nada mais justo do que soltar o grito: “é campeão!”. Foram dois anos na vice-liderança pra, finalmente, este ano o Alto-falante ganhar o Prêmio Claro (ex-Dynamite) de Música Independente, na categoria melhor programa de televisão. A cerimônia de entrega aconteceu no último dia 10, no teatro Sérgio Cardoso, no bairro Bela Vista – o popular Bexiga – na capital paulista. A vitória é legítima já que foi conquistada não apenas com os votos de meia dúzia de jornalistas, produtores e músicos da área que conhecem bem o programa, mas, principalmente, com a escolha maciça da audiência. E é aí que se torna perceptível uma grande mudança no cenário televisivo, no que diz respeito à divulgação de música, levando em conta os diferentes canais e emissoras que se propõem a isso.

Ponto único: o Alto-falante produzido pela Rede Minas, nos últimos oito anos, e veiculado nacionalmente pela TV Cultura-SP, num horário pra lá de ingrato (nas madrugadas de sábado para domingo à 01h da manhã), deixou pra trás três concorrentes da linha de frente da emissora cuja primeira palavra do nome é “Music”. Ou seja, a tal tv de música descuidou tanto da sua matéria-prima, ultimamente, que vários dos seus antigos e fiéis telespectadores, inclusive este que aqui escreve, têm mudado de comportamento. Gradualmente eles vêm deixando a emissora exaurir sua força comercial criativa, em programas de variedades pra adolescentes de até 15 anos, enquanto buscam novas fontes musicais televisivas de controle remoto em punho. É que alguém que gosta realmente de música não consegue levar a sério um jornalismo musical, conduzido, em outros tempos, por gente como Zeca Camargo, Gastão Moreira e Fábio Massari, que de uns tempos pra cá entra no picadeiro com VJs como o Rafa, Sarah e Léo Madeira. Nada pessoal contra os últimos, o problema é musical e jornalístico mesmo! É preciso ter bagagem e, claro, competência até pra falar de música! Senão um programa do ramo vira o mesmo esquete de cultura inútil que domina boa parte das mesas redondas sobre futebol, que têm de tudo, menos quem entende de verdade do assunto. Aliás, a “emetevê”, como diria Caetano, criou por último um programa que parece mesmo um desses tediosos blá, blá, blás futebolísticos. Como um agravante, os VJs popstars(não necessariamente nesta ordem) da emissora ficam conversando sobre suas preferências com a mesma profundidade com que são debatidos assuntos “mais sérios” no talk show da Hebe. No que toca (ou melhor, no caso, não toca) a questão musical, se você espremer tudo o que eles falam, não sai nem informação de release. E, ampliando isso para toda a programação do canal mencionado, se você torcer e retorcer tantas horas dedicadas a temas como comportamento, variedades, futilidades, imbecilidades e humor, somente as últimas gotas irão emitir algum som! Aliás, parece até piada o fato da “emetevê” hoje só conseguir acertar a mão em programas de humor como “Hermes e Renato” e “Rock & Gol”. Quem sabe não está na hora de mudar o nome para CTV? Traduzindo: Comic Televison! Daí a embalagem teria a ver com o produto.

Voltando ao produto que ainda interessa a muita gente – a música – e também ao Prêmio que apontou há pouco mais de uma semana, quem anda fazendo diferença no mercado independente brasileiro, vale dizer que a justiça foi feita. Justiça à maior banda de rock ‘n roll da atualidade que levou o prêmio de melhor disco de rock – o Cachorro Grande (com “As Próximas Horas Serão Muito Boas”), e ao cara que primeiro cuspiu no esquemão gravadoras-jabaculê-rádio, esquemão esse que mandou para o exílio da cena alternativa o que é produzido de bom nesse País. Lobão levantou o troféu de personalidade dessa mesma cena e ergueu o de melhor revista para “Outra Coisa” que ajudou a emplacar – uma publicação sobre música, com cds de artistas relevantes do pop nacional - encartados e vendidos em bancas e lojas de jornais e revistas. A banda capixaba Dead Fish se deu bem na categoria “melhor disco de punk e hard core” com o cd “Zero e Um”. Tão certo e merecido quanto isso foi Black Alien ganhar o prêmio de melhor disco de rap/ hip hop/ black music com seu “Babylon by Gus – O Ano do Macaco”. E, com cada macaco no seu galho, um a um, os prêmios caíram nas mãos certas (o Alto-falante faz parte da “tirinha premiada” e, quer saber, modéstia às favas nessa hora!). A grande injustiça ou equívoco da noite talvez tenha sido a gravadora Trama ficar com o troféu de “melhor selo/gravadora independente”. É que perto da Monstro Discos de Goiânia, com um catálogo que já ultrapassa sessenta títulos dedicados exclusivamente a bandas e artistas da ala alternativa brasileira, a ação da Trama foi nula, no ano passado. Fora dessa categoria (selo/gravadora) a empresa (que de independente não tem mais quase nada) até bancou uma empreitada importante e significativa para a cena – a Trama Virtual, capitaneada pelo produtor Miranda. Fora o pequeno desajuste, quem melhor que Rogério Skylab pra receber o prêmio de melhor disco de mpb, já que Wado e Mombojó concorriam (e não levaram!), na categoria “melhor disco de pop”? A vinda dos Pixies e Teenage Fanclub também não foram suficientes pra fazer o Curitiba Pop Festival tirar do tradicionalíssimo Abril Pro Rock o prêmio de melhor evento.

A estrutura ainda é mambembe, vide o telão que descia perigosamente torto sobre as cabeças dos participantes da cerimônia de entrega do prêmio, duas caixas de som que caíram, durante a apresentação do Ramirez, entre outros micos de produção. Mas a festa arquitetada pelo pessoal da revista Dynamite para jogar holofotes e premiar simbolicamente todos que trabalham sério pela música de qualidade produzida no Brasil deixou claro uma coisa: dias ainda melhores virão.(T.M.)

e-mail: colunaesquemanovo@gmail.com

domingo, maio 8

[A rádio que você não ouve...]



Alô, alô, está no ar a “rádio que você não ouve”. Hoje ao longo da nossa programação vai rolar muita música diversificada e de bom gosto. Aqui não tem jabá e nem locutor com a voz afetada, dizendo que as melhores da semana são as novas do Charlie Brown Jr. e do Evanescence. Já que se trata de um espaço democrático no dial, sem que a concessão tenha sido fruto de agrados ou troca de favores entre políticos, a “rádio que você não ouve” emplaca, logo de cara, algo que não faça o proprietário enriquecer e nem massageie o ego do diretor artístico. Ah! O nosso diretor artístico, assim como o programador, é um cara que entende e, sim, também gosta de música, da mesma forma que você, amigo ouvinte!

Vamos lá. Não precisa ouvir rap porque “todo mundo” ta ouvindo isso, nos Estados Unidos e Europa. E se for pra tocar rap, a seqüência incluirá sons como o The Streets, Racionais MCs, Thaíde e DJ Hum, ao invés de xaropadas óbvias de gente como 50 Cent e Snoop Dog. O último gravou clipe no Brasil e fingiu que canta(?), nas suas curtas apresentações por aqui? Quem está sintonizado com a gente não cai nesse tipo de armação!

Até porque a “rádio que você não ouve” tem tanta coisa nova e velha de bom gosto pra rolar ao longo da programação, que não dá pra desperdiçar tempo com música ruim. Quer ver o que te espera, misturando num só balaio musical alguns nomes brasileiros e estrangeiros? Então, anote aí: Wado, White Stripes, Nervoso, Nine Inch Nails, Nação Zumbi, Bright Eyes, Stella Campos, Radiohead, Mombojó, Doves, Cachorro Grande, Queens of The Stone Age, Ludov, The Mars Volta, Bidê ou Balde, Kings of Leon, DJ Dolores, Vhs or Beta, Bonsucesso Samba Clube, Muse, Valv, Hot hot heat e mais um caldeirão sonoro quase infinito.

Alguns nomes citados fazem parte do mainstream e, mesmo assim, só toca nessa rádio. É que ninguém aqui quer tentar adivinhar suas preferências musicais e, com base nisso, te empurrar orelha abaixo um bocado de lixo. Como nos bons tempos, a idéia é formar e informar você que está sempre na escuta. E, não, partir pra uma lavagem cerebral e tratá-lo como cobaia do nosso péssimo e viciado mal gosto. O que é ou deixa de ser radiofônico, você também vai nos ajudar a descobrir. Tudo bem, nossos profissionais são do ramo, mas nem por isso têm bola de cristal pra adivinhar todas as músicas que se transformarão em sucesso. A globalização pode até ter padronizado muita coisa mas, nem por isso, todos os hits radiofônicos do brit pop terão a mesmo sorte com as pessoas do Japão, Austrália e Brasil, por exemplo.

A “rádio que você não ouve” toca no meio cada vez mais freqüentado pelos amantes do bom som – a Internet. Ela está aí pelo mundo, derrubando as velhas barreiras dos kilowatts de potência. E tem programas variados. É melhor assim porque te ajuda a abrir a cabeça pra várias vertentes musicais. Ou você tava achando que, no fundo, tudo é pop rock? Esse termo virou mão na roda pra quem não saca nada de música e quer vendê-la a qualquer preço. Virou o verdadeiro “negócio da China”. Daí, na dúvida se está mais pra Biquíni Cavadão do que pra Barão Vermelho, basta enquadrar como “pop rock” que dá certo. É porque pega mal uma rádio vender só pop. Fica careta. E ser for rádio rock, pode parecer que só toca música com guitarra distorcida. Sendo assim, melhor mesmo deixar tudo em “banho Maria” e requentar sem parar esse troço, que até os ouvintes já sabem o que é: o tal do pop rock!

Frejat, líder do Barão Vermelho, que já foi um grupo de rock ‘n roll e agora joga na retranca da desgastada seleção do pop rock, canta num dos seus recentes sucessos: “cuidado com o que você ouve”. Corajoso ele, porque um ouvinte mais esperto seguiria a risca suas palavras, tomando cuidado pra não ouvir algo em torno de 80 por cento dos artistas que freqüentam hoje as rádios, incluindo aí o Barão. Ninguém merece uma caretice publicitária, com pinta de ter sido encomendada pelo Ministério da Saúde, sendo o carro chefe do cd que marca a volta da “maior banda de rock do Brasil”. Enquanto isso, a grande banda de rock do Brasil, solta os cachorros: “Agora eu tô bem louco”. E ainda convida o Lobão pra berrar no final da música: “E agora, p****!!!” Isso, sim, tem a ver com rock ‘n roll, com atitude, diversão, etc.

Mas nada de radicalismo indie! Na “rádio que você não ouve” o Barão Vermelho dá as caras com as boas faixas dos álbuns que fez até o desastroso “Puro Êxtase”. E, em seguida, entra Black Crowes, Rolling Stones da fase do Brian Jones, pra casar bem com uma dos Mutantes e, depois, uma dos Beatles (de preferência do Revolver) pra, de repente, cair num som mais atual – ainda lisérgico – como Super Furry Animals ou Spiritualized, depende do clima que o dj sentir no momento. Claro! Porque tudo bem uma rádio contar com o avanço da tecnologia, mas ter toda a programação do dia (ou da semana pra piorar!) pré-gravada e comandada por computadores no automático é completamente brochante. Sem falar que fica patético aquele clima frio e chuvoso e você lá ouvindo a mais “ensolarada canção” do Teenage Fanclub ou do Weezer (como se isso tocasse nas rádios convencionais). Pra exemplificar melhor e com maior possibilidade de acerto: você sai com toda a disposição numa linda manhã de sábado, sintoniza a “rádio-robô” e ouve os versos: “chove, chuva, chove sem parar”! Entendeu agora?

Antes que você passe por uma decepção dessas e tenha o desprazer de qualquer anticlímax musical, procure num lugar, fora do dial, a “rádio que você não ouve”. Nela, realmente, você vai voltar a conhecer “novas” músicas, mesmo quando estiver ouvindo o flashback. Quem disse que o revival precisa contar apenas com os mesmos good times de sempre, entre eles, “Sultans of Swing”, “Hotel California”, “Year of the Cat”, “Proud Mary”, “Let it Be”, “I Feel Good” e todas as ultramanjadas?

Estou te esperando, então, todos os dias, com o melhor da música em geral, é só não ligar o rádio!(T.M.)

terça-feira, maio 3

[As iguarias musicais exóticas de Astronauta Pingüim]

Segundo o site Allmusic Guide, “easy listening” seria “música instrumental designada para ser relaxante (...) prazerosa e fácil para os ouvidos”. Alguns dos maiores nomes do estilo são Henry Mancini (criador de temas clássicos como “Moon River” e “Baby Elephant Walk”), o cosa nostra Sérgio Mendes, e claro, Ray Coniff, talvez seu nome mais popular. O gênero ganhou muita força na década passada com seu uso na trilha de filmes como “Four Rooms” (de Robert Rodriguez e Quentin Tarantino) e a série “Austin Powers” E se renova para o novo século na sua versão moderninha, o lounge, que poderia facilmente receber a mesma descrição acima, com o acréscimo de instrumentos e batidas programadas eletronicamente.

Mas que catzo está fazendo um gaúcho regravando clássicos da música pop gaúcha em versão easy listening? E pior, batizado bizarramente de Astronauta Pingüim (“O pingüim é apelido de infância. O astronauta é para ficar bem na ordem alfabética”) Se a referência no nome também o aproxima do termo Spaced Age Pop, freqüentemente usado para definir easy listening, não fica difícil encontrar outras pistas de que é realmente um adepto do estilo em “Petiscos: sabor churrasco/switched-on Bah!", seu disco de estréia. Do título, que brinca com a pecha “som de churrascaria” aos timbres de teclado onipresentes, até a capa kitsch (que faz referência ao clássico disco “Velvet Underground And Nico”), o disco é um legítimo representante tupiniquim do gênero, assim como os trabalhos da novata banda paulista Sala Especial, e está em sintonia com gringos saudosistas como o Combustile Edson.

Depois de integrar - e continuar participando - das bandas de boa parte dos conterrâneos homenageados em seu disco ( Wander Wildner, Justa Causa, Júpiter Maçã) ele esteve em BH, planeta Terra, no mês passado divulgando seu disco de estréia e adiantando para o público mineiro parte do repertório que estará presente em “Supersexxysounds”, seu próximo disco. Esquema Novo, praticando jornalismo espacial, interrogou esse astronauta durante sua curta aterrissagem na capital mineira. (TP)



O que seria, afinal, som de churrascaria - a primeira imagem que me vêem é um tiozinho se esbaldando de carne ao som de Ray Coniff...

È uma denominação mais tosca para o easy listening. O Lafayette (tecladista da época da Jovem Guarda, tocou em discos de Roberto e Erasmo Carlos) é um cara que faz isso desde os anos 60. Hoje ele é reverenciado, “cult”, mas na época era mega popular. Meu pai mesmo ouvia easy listening mesmo não sabendo (risos). Esse termo mesmo é mais recente.

O que você faz então é easy listening...

Uso elementos de easy listening. Eu chamaria de punk lounge.

O que!!?

Sim, porque o que faço é punk, não tem obrigação com nada. Sala Especial (banda paulistana de easy listening) é easy listening puro, tem essa obrigação de ser puro. Eu já uso elementos dos anos 80, como sintetizadores da época, por exemplo. È punk na sonoridade, no descompromisso com estilo e tal. Em uma música do disco novo sampleei “Hey Ya”( hit recente da dupla norte americana Outkast), outros não fariam isto.

Parece-me que hoje existe um interesse maior por esse papo de lounge, easy listening...

Aconteceu agora no Brasil, lá fora sempre foi levado a sério, comercializado... Lá existe muito respeito pela música instrumental, em qualquer área, rock, jazz. Tivemos aqui nos anos oitenta um tipo de jornalismo que adorava o último grito na Inglaterra - isso era o bom, o que já passou, era ruim. Então o respaldo da mídia se perdeu para estes caras, Lafayette voltou a tocar em churrascaria! Mas a nova geração não depende mais desse tipo de informação, as pessoas procuram hoje o que elas gostam.

Tenho que confessar: um trabalho como o seu só poderia ter a assinatura de um gaúcho mesmo.(risos) Por que eu tenho essa impressão?

Tenho uma teoria a respeito; Porto Alegre, há 15 anos atrás era, “longe demais das capitais” (risos). Essa distância criou no Sul um mercado interno próprio. Isso influenciava inclusive no acesso a informação, então a gente ficava ouvindo rock progressivo, Jovem Guarda, aquilo que seu pai ou seu irmão mais velho gostava... As novidades chegavam sem a mesma velocidade de hoje, só os mais descolados, tipo Edu K ( vocalista da banda oitentista De Falla) conheciam coisas como Red Hot Chilli Peppers...Então o gosto dos donos das lojas de disco acabavam sendo a sua informação. Então, temos esta fama de ecléticos, mas somos bastante seletivos também - apenas o que é bom em cada gênero!

Por isso eu tenho a certeza que os gaúchos reunidos no seu disco devem ter se sentidos bastante honrados com suas versões...

Eles adoraram. A escolha do repertório foi baseada nas coisas que eu me identificava mesmo, não entrou Engenheiros do Havaii, por exemplo. No início, nem pensei em editora, foi independente mesmo. Depois que fundei meu selo, tive de trabalhar nesta parte burocrática, buscar autorizações e por isso o disco demorou quatro anos para sair.

O uso dos equipamentos certos é fundamental para conseguir essa sonoridade easy listening não?

Sim. Alguns acham que sou radical, só busco equipamentos dos anos 60, mas não é verdade (entre os equipamentos do músico então um teclado Moog e um órgão Crumar de 67). O que eu busco é uma sonoridade orgânica, mesmo que seja através de sintetizadores modelos ano 70 ou 80. Mesmo um teclado estragado pode fazer parte de uma canção minha. Minha preocupação maior é a pesquisa, busco instrumentos antigos há 10 anos. Tenho 15 teclados, um baixo do início dos anos setenta, guitarras...

Falando nisso, ouvi falar que você é possuidor da famosa guitarra de ouro dos Mutantes, é verdade?

Sim, de uma delas. No período que o Cláudio César ( luthier e irmão mais velho dos Mutantes Sérgio e Arnaldo) trabalhou com eles, ele construiu mais ou menos 30 guitarras para o Sérgio Dias. E ele ia aperfeiçoando cada modelo, criando novas guitarras com efeitos mais avançados e a marca especial que era o uso de um filamento de ouro nas bordas, o que encarecia o instrumento. Consegui uma que pode ter sido a mesma que foi usada na capa do disco “Tropicália - ou Panis Et Circenses” e que foi usada nos dois primeiros discos da banda.

Quais são as próximas viagens do Astronauta, em formato CD?

Estou trabalhando em uma demo com o repertório baseado no rock nacional dos anos 80, mas executado com mais ênfase no moog, anos 70, linguagem easy listening. Ultraje a Rigor ( “Ciúme”), Ritchie (“Menina Veneno”), Lulu Santos(“Tempos Modernos”), Leo Jaime, entre outros são alguns dos escolhidos para esse novo projeto. Seria uma continuação do “Petiscos...”, focando o BRock. E finalmente, meu disco de inéditas, o “Supersexxysounds” que lançarei pela minha gravadora, Pinnapple Music. Sim, será provavelmente outro trabalho conceitual; nesse caso, a respeito de algumas musas minhas. Em música instrumental é muito fácil colocar título, então, esse está repleto de uma citação às mulheres que admiro como (a apresentadora infantil) "Eliana" (a jornalista) "Ana Paula Padrão",( a atriz) “Uma Thurman”... Uma delas, “Linda Boyle” já está disponível no Trama Virtual (www.tramavirtual.com.br).

Mais informações em: www.astronautapinguim.cjb.net